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Artigos APAMVET

Gestão ambiental aplicada a sanidade suídea

Boletim APAMVET, v. 12, n. 2 (2021)

A suinocultura brasileira possui importância econômica e encontra-se no quarto lugar no ranking de produção de carne suína mundial. Seu desenvolvimento está intimamente ligado à promoção da sanidade nos planteis e a correta gestão ambiental. Dejetos sólidos, efluentes brutos de suínos, carcaças e restos de animais mortos apresentam alto poder poluente e de disseminação de doenças e devem ser tratados por processos biológicos que incluem a compostagem, a biodigestão anaeróbia e os leitos cultivados. Estas tecnologias são capazes de atingir os objetivos sanitários e ambientais. A suinocultura do século XXI deve ser voltada para a sustentabilidade nos seus principais quatro pilares da produção que são o social, o econômico, o sanitário e o ambiental, onde a sanidade e os cuidados com o ambiente devem estar associados e praticados em harmonia.


Modalidades avançadas de imagem em instituições privadas: ressonância magnética

Boletim APAMVET, v. 12, n. 2 (2021)

O diagnóstico veterinário por imagem avança em passos mais largos e ousados nos últimos anos, acompanhando o mercado Pet que apresenta crescimento expressivo, há mais de uma década, segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET). Após longo período contando com a disponibilidade de apenas metodologias como Raios-X e ultrassom, a especialidade do diagnóstico por imagem conseguiu elevar seu patamar. Limitada por muitos anos pela impossibilidade de manter viabilidade financeira para contar com modalidades como tomografia computadorizada e ressonância magnética, nos últimos anos houve um avanço expressivo na quantidade de equipamentos de ressonância magnética e tomografia computadorizada disponível para pets.


Produtos de Cannabis para fins medicinais e a legislação brasileira: o que o médico-veterinário precisa saber

Boletim APAMVET, v. 12, n. 2 (2021)

A Cannabis é uma planta nativa da Ásia, cultivada a pelo menos 4.000 a.C., sendo utilizada para obtenção de fibras (cânhamo), para fins medicinais e como droga psicoativa. A partir da década de 1960 com a identificação da estrutura química de componentes da Cannabis e, posteriormente, com a descrição dos receptores de canabinoides e a identificação do sistema canabinoide endógeno retornou o interesse científico pelo uso medicinal da planta. Neste contexto, procurou-se criar caminhos regulatórios para possibilitar a disponibilização dos produtos medicinais de Cannabis mais seguros e eficazes. Assim, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 327/2019, estabeleceu os requisitos, dentre outros, para a comercialização, a prescrição e a fiscalização de produtos de Cannabis para fins medicinais. Essa Resolução estabelece o uso dos produtos de Cannabis apenas para o ser humano, não sendo permitida a prescrição (...)


Uso da termografia no diagnóstico de tumores de glândulas circum-anais em cães

Boletim APAMVET, v. 12, n. 2 (2021)

Em cães, os tumores circum-anais são aqueles observados como a terceira neoplasia cutânea mais comum. Os adenomas de glândulas circum-anais (AGCA) têm um bom prognóstico de cura. Em contraste, os adenocarcinomas de glândulas circum-anais (ACGCA) possuem altas taxas de recidiva e podem ser metastáticos. Já a termografia é um método de diagnóstico que se baseia na captação de imagens infravermelhas que detectam a temperatura da superfície tecidual. Ela pode ser utilizada em diferentes situações, desde medicina do esporte até na oncologia. Em tumores circum--anais, o exame termográfico pode ser considerado um bom método diagnóstico complementar, pois possibilita a diferenciação entre área tumoral e área sadia, além de possuir 66,67% de eficácia em termos de diferenciação tumoral.


A Febre Maculosa Brasileira no estado de São Paulo

Boletim APAMVET, v. 12, n. 1 (2021)

A febre maculosa brasileira (FMB), causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, é a zoonose transmitida por carrapatos mais importante no Brasil. No estado de São Paulo, onde a doença apresenta letalidade ao redor de 50%, os carrapatos Amblyomma aureolatum e Amblyomma sculptum são os principais vetores. O primeiro, associado a cães domésticos e fragmentos de Mata Atlântica, transmite a doença na Região Metropolitana de São Paulo. Já A. sculptum, é vetor no interior do estado, especialmente nas regiões de Campinas, Piracicaba e Marília, onde os carrapatos infectados são mantidos principalmente por capivaras. O período de incubação da FMB em humanos varia de 2 a 14 dias, sendo febre, mialgia e cefaleia os principais sintomas. Posteriormente, podem aparecer exantema, insuficiências respiratória e renal, lesões neurológicas e icterícia. A letalidade da doença depende do retardo do início da terapia com antibióticos específicos, tais como doxiciclina e cloranfenicol. O cão (...)